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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

15 de outubro



Ser professor(a)...

É buscar dentro de cada um de nós
forças para prosseguir, mesmo com toda pressão,
toda tensão, toda falta de tempo...
Esse é nosso exercício diário!
Ser professor (a) é se alimentar do conhecimento
e fazer de si mesmo (a) janela aberta para o outro.
Ser professor (a) é formar gerações, propiciar o
 questionamento e abrir as portas do saber.
Ser professor (a) é lutar pela transformação...
É formar e transformar,
através das letras, das artes, dos números...
Ser professor (a) é conhecer os limites do outro.
E, ainda assim, acreditar que ele seja capaz...
Ser professor (a) é também reconhecer que
todos os dias são feitos para aprender...
Sempre um pouco mais...
Ser professor (a)
É saber que o sonho é possível...
É sonhar com a sociedade melhor...
Inclusiva...
Onde todos possam ter acesso ao saber...
Ser professor (a) é também reconhecer que somos,
acima de tudo, seres humanos, e que temos licença para rir, chorar,
esbravejar.
Porque assim também ajudamos a pensar e construir o mundo.
Todos os dias do ano são seus, professor(a)!



Adozinda Kuhlmann tem 93 anos e há 75 se dedica à arte de ensinar. Nascida em Cuiabá, a professora de língua portuguesa tem orgulho da profissão herdada do pai, que qualifica de “a mais bonita do mundo”.







Freire


“Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda.
Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação,contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais.
Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura.
Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza.
Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo descuidado, corre o risco de se amofinar e já não ser testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa mas não desiste”.








Ser Professor e Professora é acreditar que um outro mundo é possível


Certa lenda conta que duas crianças estavam patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada, fria e as crianças brincavam sem preocupação. De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água. A outra criança, vendo  que  seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear o gelo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você fez isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra em suas mãos tão pequenas!
Nesse instante, apareceu um ancião e disse:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Como?!
O ancião respondeu:
- Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não poderia fazer!

É isto que ocorre na escola ou fora dela, muitas vezes. Pessoas nos dizendo que isto ou aquilo não é possível! Um colega dizendo que este ou aquele aluno não consegue aprender!
Nós, como professores, estamos o tempo todo pensando em como encorajar nossos alunos em suas descobertas, em seu autoconhecimento. Nos preocupamos em tornar nossas aulas atraentes, estimulantes e agradáveis. Procuramos auxiliar jovens e crianças a avançarem em seus desafios, a descobrirem quem são e do que são capazes. Nos aventuramos com nossos alunos. Precisamos sempre dar prioridade ao que o aluno aprende e não ao que queremos ensinar. Acariciar e preservar o espírito de cada um, pois, mesmo não sendo o mais inteligente da classe, com certeza resplandecerá com elogios e estímulos ao invés de murchar com descrédito e humilhação.
É fundamental que tenhamos consciência de que somos modelo de valores e padrões que o aluno imitará ou rejeitará; levará na lembrança para a vida toda ou esquecerá.
Esta é a parte profissional que nos  toca.  No entanto, temos nossa vida pessoal e todas as obrigações. Contudo, assim como na lenda acima citada, não podemos deixar que nos digam  o que podemos ou não fazer. Quando desejamos atingir um objetivo, nada e nem ninguém pode nos impedir.
Muitas vezes, nos deixamos abater pelas cobranças do dia-a-dia, por uma discussão com um colega de trabalho, por um mal-entendido com um pai de aluno, por uma atividade sem sucesso, por um problema familiar, pelas relações pessoais, de um modo geral, nem sempre muito fáceis.
No entanto, “a força de ser pessoa significa a capacidade de acolher a vida assim como ela é (...). A força de ser pessoa traduz a capacidade de conviver, de crescer e de humanizar-se com estas dimensões de vida(...)”
Assim podemos enfrentar as situações do cotidiano com uma atitude saudável, agindo de forma a contribuir para a transformação de nossa sociedade, para que os alunos com quem trabalhamos sejam cidadãos preocupados com a transformação deste mundo, conscientes das desigualdades sociais e dispostos a trabalhar para a eliminação disto tudo, e não simplesmente pensar que “não temos nada com isso”, tomando uma atitude passiva perante as mazelas que acontecem todos os dias bem diante de nossos olhos.
Mais uma vez, não podemos permitir que nos digam:
-Isto não é possível!
Lutemos! Acreditando em nossas capacidades, na certeza de que “um outro mundo é possível”!




Parabéns professor(a)!





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